sexta-feira, 24 de abril de 2009

. O rastro das Borboletas fugitivas .





Ontem por um momento imginei ser possível ter de volta minhas borboletas fugitivas.

Senti o cheiro de minhas queridas e com o olhar aguçado pude reconhecer seu rastro azul ao longe.

Deixei de lado meus afazeres e saí em disparada a fim de alcançá-las.

Corri muito e cheguei bem perto de minhas preciosas.

Pude ter nas mãos um delas.

Mas minhas queridas borboletas, em sua avidez descabida para encontrar as cores daquele dia perdido em um oceano de tempo não me reconheceram.


Suas asas bateram forte e elas fugiram mais uma vez.

Fiquei feliz por algum tempo por tê-las encontrado mesmo que apenas durante um pequeno espaço de tempo.

No entanto, hoje acordei com o coração apertado por tê-las perdido uma vez mais.


Preciso reencontrá-las.

Cada dia a mais que passo sem elas, perco as cores que me restaram e sinto frio.

Tudo é cinza e gelado.

Preciso de minhas borboletas.

Preciso delas.

E quando as encontrar novamente, serei mais rápida e minha avidez em acordá-las do sonho hipnótico que as conduzem sem um rumo será soberana.

Preciso de minhas borboletas.

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