sexta-feira, 24 de abril de 2009

. O rastro das Borboletas fugitivas .





Ontem por um momento imginei ser possível ter de volta minhas borboletas fugitivas.

Senti o cheiro de minhas queridas e com o olhar aguçado pude reconhecer seu rastro azul ao longe.

Deixei de lado meus afazeres e saí em disparada a fim de alcançá-las.

Corri muito e cheguei bem perto de minhas preciosas.

Pude ter nas mãos um delas.

Mas minhas queridas borboletas, em sua avidez descabida para encontrar as cores daquele dia perdido em um oceano de tempo não me reconheceram.


Suas asas bateram forte e elas fugiram mais uma vez.

Fiquei feliz por algum tempo por tê-las encontrado mesmo que apenas durante um pequeno espaço de tempo.

No entanto, hoje acordei com o coração apertado por tê-las perdido uma vez mais.


Preciso reencontrá-las.

Cada dia a mais que passo sem elas, perco as cores que me restaram e sinto frio.

Tudo é cinza e gelado.

Preciso de minhas borboletas.

Preciso delas.

E quando as encontrar novamente, serei mais rápida e minha avidez em acordá-las do sonho hipnótico que as conduzem sem um rumo será soberana.

Preciso de minhas borboletas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

. Borboletas no estômago .





Hoje estou com uma ansiedade infundada.
Acordei nostálgica e sem saber ainda por que, várias borboletas no estômago.
É como se algo inesperado pudesse acontecer a qualquer momento.
Há muito não vejo joaninhas ou mesmo as cores radiantes das flores do meu jardim.
Hoje sequer tornei meu olhar para o céu que ontem me deixou tão encantada.
Mas sinto borboletas no estômago…
Teria Alice finalmente encontrado o coelho?
Ou estaria eu perto de reaver minhas borboletas fugitivas?
εïз

segunda-feira, 20 de abril de 2009

. Céu .




Hoje desde a hora em que coloquei os pés fora de casa fiquei hipnotizada pelo fantástico azul do céu que teimava em aparecer embora esteve repleto de nuvens chuvosas.
Foi o azul mais lindo que já vi.

sábado, 18 de abril de 2009

. Borboletas fugitivas .




Hoje acordei e vi que o céu cinzento às vezes deixava passar alguns raios de sol.
Acordei e percebendo a luminosidade que tímida teimava em entrar pela janela do quarto, senti falta de minhas borboletas fugitivas.
Elas nunca mais voltaram.
Elouquecerarm, perderam a razão.
Seguem voando hipnotizadas buscando incessantemente pelas cores já apagadas presas em um dia distante do qual me lembro vagamente.
Preciso sair e resgatar minhas borboletas fugitivas.
Cada dia que passo sem elas tem sido como eras inteiras repletas de vazio.
Toda minha determinação em deixar de buscar por minhas pequenas borboletas fugitivas se desfez como poeira ao vento.
Preciso delas.
Cada segundo longe de minhas queridas me matam um pouco.
Preciso delas.



quinta-feira, 16 de abril de 2009

Hoje





Hoje acordei determinada a deixar de buscar minhas borboletas.
Elas fugiram desde o dia em que perdi as cores daquele dia.
Cores que ficaram presas naquele dia e que nunca mais voltaram a colorir meu jardim de fantasias.
Hoje olhei para o céu e o vi riscado de verde e de branco e de azul.
Hoje deixei de dizer “Bonjour tristesse!” e passei a dizer fervorosamente “Bonjour Joie!”.
Basta de dores e lágrimas e tristezas.
Basta.
Não quero mais reencontrar as cores daquele dia.


quarta-feira, 15 de abril de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

. amu-te meu amor .





Amo-te tanto,meu amor...não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim,de um calmo amor prestante
E te amo além,presente na saudade
Amo-te enfim com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho,simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtudes
Com um desejo maciço e permanente.
E de ter amar assim,muito e a miúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

domingo, 5 de abril de 2009

Não sou perfeito ...




Não sou perfeito
Estou ainda sendo feito
E por ter muito defeito
Vivo em constante construção
Sou raro efeito
Não sou causa e a respeito
Da raiz que me fez fruto
Desfruto a divina condição
Em noites de céu apagado
Desenhos as estrelas no chão
Em noites de céu estrelado
Eu pego as estrelas com a mão
E quando a agonia cruza a estrada
Eu peço pra Deus me dar sua mão
Sou seresteiroSou poeta, sou romeiro
Com palavra, amor primeiro
Vou rabiscando o coração
Vou pela rua
Minha alma as vezes nua
De joelhos pede ao tempo
A ponta do seu cobertor
Vou pelo mundo
Cruzo estradas, num segundo
Mundo imenso, vasto e fundo
Todo alojado em meu olhar
Sou retirante
Sou ao rio semelhante
Se me barram, aprofundo
Depois vou buscar outro lugar
Pe. Fábio de Melo