quinta-feira, 15 de maio de 2014

. A velhice

 “...A velhice nos trás  direitos maravilhosos.
 Enquanto a juventude é  cheia de obrigações.
 A velhice é o tempo em que  vivemos a doce inutilidade.
 Porque  mais cedo ou  mais tarde iremos experimentar esse território desconcertante da  inutilidade.
 Esse é o movimento natural  da vida.
 Perder a juventude é você  perder a sua utilidade, é uma conseqüência natural da idade que chega.
 A velhice é o tempo em que  passasse a utilidade e aí ficasse somente o significado da pessoa.
 É o momento que a gente se  purifica.
 É o momento que a gente vai  tendo a oportunidade de saber quem nos ama de verdade.
 Porque só nos ama pra ficar  até o fim aquele que,  depois da nossa utilidade,  descobriu o nosso significado.
  É por isso que sempre  rezo para envelhecer ao lado de quem me ama.
 Para poder ter a  tranqüilidade de não ser útil, mas ao mesmo tempo não perder o valor.
 Se você quiser saber se  alguém te ama de verdade, é só identificar se ele seria capaz de  tolerar a sua inutilidade.
 Quer saber se você ama  alguém?
  Pergunte a si mesmo,  quem nesta vida que pode ficar inútil pra você sem que você sinta o  desejo de jogá-lo fora.
 E é assim que nós  descobrimos o significado do amor...
 Só o amor nos dá  condições de cuidar do outro até o fim!
 Feliz daquele que tem ao fim  da vida,
 a graça de ser olhado nos  olhos, e ouvir a fala que diz:
 - Voce não serve  pra nada, mas eu não sei viver sem você!”


Padre Fábio de Melo 



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